Morto em ataque em Manchester pode ter sido baleado por policial

LONDRES, 3 OUT (ANSA) – Um dos dois homens mortos no atentado em uma sinagoga de Manchester, no Reino Unido, pode ter sido baleado por policiais que tentavam conter o agressor, assim como um dos feridos no ataque.   

O possível erro das forças de segurança foi revelado nesta sexta-feira (3) pelo comandante da Polícia da Grande Manchester, Stephen Watson, após exames preliminares nas vítimas.   

Segundo ele, um dos mortos “parece ter sofrido um ferimento consistente” com disparo de arma de fogo. “Também fomos informados por médicos que uma das três vítimas atualmente em tratamento no hospital sofreu um ferimento à bala, que, felizmente, não representa risco à vida”, explicou o comandante.   

Os outros dois feridos estão em estado grave.   

O atentado ocorreu na entrada de uma sinagoga de Manchester na última quinta-feira (2), no dia do Yom Kippur, data mais sagrada do calendário judaico.   

O autor do ataque, Jihad al-Shamie, cidadão britânico de ascendência síria, lançou um carro contra pessoas que estavam do lado de fora do templo e esfaqueou um guarda, sendo morto a tiros pela polícia logo em seguida.   

Ele também vestia um dispositivo aparentemente explosivo, mas que não funcionava, e os investigadores declararam o ato como um “incidente terrorista”. Outros três suspeitos de envolvimento no atentado foram presos, incluindo dois homens na faixa dos 30 anos e uma mulher com mais de 60.   

O premiê do Reino Unido, Keir Starmer, visitou a sinagoga com sua esposa, Victoria, que é judia, e prometeu fazer todo o possível para combater o “ressurgente ódio antissemita”, enquanto a secretária do Interior, Shabana Mahmood, disse que o país está em “alerta máximo” contra o terrorismo.   

O atentado ocorreu em meio a uma onda de manifestações pró-Palestina no Reino Unido, com novos protestos programados para este sábado (4). (ANSA).