Morte de Trump? Entenda os boatos sobre o presidente dos EUA

Rumores sobre Trump ganharam força após última aparição pública do republicano com hematoma na mão, fruto da condição de IVC
Rumores sobre Trump ganharam força após última aparição pública do republicano com hematoma na mão, fruto da condição de IVC Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

Na madrugada de sexta-feira para este sábado, 30, as redes sociais foram inundadas com rumores de um eventual falecimento de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Todavia, horas depois, os boatos caíram por terra ao mandatário fazer aparições públicas – inclusive jogando golfe.

+Bolsonaro ‘está magro’ e ‘não tem vontade de se alimentar’, diz Carlos após visita

Em grande medida, os boatos se deram por conta do cancelamento da agenda oficial de Trump sem mais explicações. Isso se juntou ao fato de que o mandatário, de fato, estava sumido havia dias.

Desde a última sexta-feira, 22 de agosto, o presidente dos EUA não fazia aparições públicas. A última havia sido justamente neste dia, quando se encontrou com Gianni Infantino, da FIFA, na Casa Branca.

Nessa ocasião, um fato chamou atenção: Trump tinha a mão direita com uma coloração escurecida, ainda que intensamente maquiada, para esconder hematomas.

Ainda em julho, o republicano foi diagnosticado com insuficiência crônica venosa (IVC), doença que provoca inchaço e manchas roxas no corpo – todavia, não há riscos mais graves associados ao problema de saúde, como um eventual risco de morte.

Rumores sobre morte de Trump cessaram após o republicano aparecer jogando golfe na companhia do seu neto, Kai Trump

Rumores sobre morte de Trump cessaram após o republicano aparecer jogando golfe na companhia do seu neto, Kai Trump

A condição é caracterizada pela dificuldade das veias em levar o sangue de volta ao coração, e pode gerar inchaço, dor, varizes e úlceras. Esse problema afeta de 10% a 30% dos adultos, e a doença é mais comum em mulheres e em pessoas acima dos 50 anos.

Dentre os fatores de risco estão obesidade, gravidez, histórico familiar, sedentarismo, profissões que exigem muito tempo em pé ou sentado.

Para tratar o problema, a pessoa precisa mudar hábitos, como fazer exercícios, controlar o peso e levantar as pernas de vez em quando. Usar meias de compressão também ajuda o sangue a subir. Existem remédios que o médico pode passar para melhorar a função das veias.

Para as varizes, existem opções como uma aplicação para secar os vasos ou o uso de laser para fechar as veias por dentro. Em alguns casos, a cirurgia para retirar as veias se torna uma alternativa. Se aparecerem feridas, o cuidado é feito com curativos.

Esses problemas de saúde e o sumiço geraram ainda mais especulações por conta de uma entrevista exclusiva de J. D. Vance, vice-presidente dos EUA, ao USA Today.

Ao veículo, no dia 27 de agosto, ele foi questionado se estava preparado para assumir como líder da nação, ao que respondeu que Trump está ‘ativo e enérgico’ mas que ‘eventos imprevistos não podem ser descartados’.

“Ele é a última pessoa a fazer ligações à noite e a primeira a acordar e ligar pela manhã. Sim, tragédias terríveis acontecem. Mas tenho confiança de que o presidente está em boa forma, vai cumprir o resto do mandato e fazer grandes coisas pelo povo americano”, disse.

Situação e histórico de saúde de Trump

Trump possui 79 anos e, no caso do diagnóstico de IVC, teve a condição descrita como ‘benigna e comum’ pelo médico da Casa Branca, o Dr. Sean Barbabella.

O médico declarou que exames descartaram a presença de trombose venosa profunda ou doença arterial. A Casa Branca também atribuiu, em partes, os hematomas à ‘irritação menor dos tecidos moles devido a apertos de mão frequentes e ao uso de aspirina’.

O presidente dos Estados Unidos tem um histórico de saúde marcado por alguns problemas recorrentes e episódios que chamaram atenção nos últimos anos.

Em 2020, ele foi hospitalizado por covid-19 e precisou de tratamento com antivirais e anticorpos.

Trump ficou mais de uma semana sem fazer aparições públicas; a última havia sido com Gianni Infantino, presidente da Fifa, no dia 22 de agosto

Trump ficou mais de uma semana sem fazer aparições públicas; a última havia sido com Gianni Infantino, presidente da Fifa, no dia 22 de agosto

Exames periódicos indicaram sobrepeso e colesterol elevado, condições que foram acompanhadas com uso de medicamentos e mudanças de rotina.

Em um período mais recente, em 2024, ele passou por uma colonoscopia que identificou diverticulose e um pólipo benigno, além de ter feito cirurgia de catarata em ambos os olhos. No mesmo ano, sobreviveu a uma tentativa de assassinato que deixou cicatriz no ouvido direito.

No início de 2025, já no segundo mandato, realizou um check-up completo que apontou perda de peso em relação a anos anteriores, melhora nos níveis de colesterol, pressão arterial um pouco acima do ideal e função cognitiva preservada em testes.

Poucos meses depois, chamou atenção o inchaço nas pernas e tornozelos, quando justamente quando Trump foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica.