A morte do papa Francisco, protagonista de um dos pontificados mais populares da história recente da Igreja Católica, completou um mês nesta quarta-feira (21). Líder de cerca de 1,4 bilhão de católicos em todo o mundo durante quase 12 anos, o argentino faleceu no último dia 21 de abril “por derrame cerebral, coma e colapso cardiocirculatório irreversível”, após uma longa batalha contra uma pneumonia bilateral.
A data foi recordada pelo novo líder da Igreja Católica, Leão XIV, durante a primeira audiência de seu pontificado, perante milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro, no Vaticano.
“Não podemos concluir este encontro sem recordar com grande gratidão o nosso querido papa Francisco, que regressou à casa do Pai há apenas um mês”, lembrou.
Considerado o “Papa dos Pobres”, Francisco tentou revolucionar o Vaticano e teve uma liderança marcada por ineditismos. Iniciado em 13 de março de 2013, após ter sido eleito no segundo dia de conclave para substituir Bento XVI, o pontificado do argentino chegou ao fim depois de 4.422 dias.
Jorge Mario Bergoglio foi o 266º pontífice a ocupar o trono de Pedro e, com 88 anos, foi o segundo papa mais velho da história da Igreja Católica, depois de Leão XIII, que morreu aos 93 anos, quatro meses e 18 dias.
Além disso, ele foi o primeiro a usar o nome Francisco, o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta no posto. No total, visitou mais de 60 países ou territórios e liderou 1,34 bilhão de fiéis, conforme dados do Vaticano.
O argentino também foi considerado o primeiro Pontífice a abordar a crise climática, a autorizar bênçãos a casais homoafetivos e o primeiro a realizar a reforma da Cúria, criando o Conselho de Cardeais (C9). Ele também escreveu quatro encíclicas: Lumen Fidei, em 2013; Laudato Si, 2015, Fratelli Tutti, em 2020, e Dilexit nos, em 2024. (ANSA).