 "Reprodução/TV Globo")
A novela ‘Vale Tudo’, da TV Globo, escrita originalmente por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, consolidou-se como um dos grandes marcos da teledramaturgia brasileira nos anos 1980 e se aproxima de sua reta final. A reportagem de IstoÉ Gente revisitou os desfechos de alguns personagens na versão original, que podem apresentar alterações na releitura do remake, assinada por Manuela Dias. Confira!
O Assassinato de Odete Roitman
Entre os episódios mais memoráveis, está o assassinato da poderosa e temida Odete Roitman, papel vivido por Beatriz Segall. A cena foi ao ar em 24 de dezembro de 1988 e surpreendeu o país inteiro: a personagem levou três tiros e o mistério sobre quem havia cometido o crime se arrastou até o capítulo final. Somente no desfecho, revelou-se que a responsável fora Leila (Cassia Kis), que atirou acreditando atingir Maria de Fátima (Glória Pires), amante de seu marido, Marco Aurélio (Reginaldo Faria).
Caminhos de Amor e Superação
Apesar das intrigas, alguns personagens encontraram finais mais leves. Heleninha Roitman (Renata Sorrah), após vencer sua luta contra o alcoolismo, oficializou a união com William, que a apoiou durante toda a recuperação. Já Afonso Roitman (Cássio Gabus Mendes) descobriu a paternidade de Marcinha e retomou sua relação com Solange (Lídia Brondi), fechando sua trajetória em tom de reconciliação.
O Destino dos Vilões
Os antagonistas também tiveram desfechos marcantes. Marco Aurélio e Leila escaparam da Justiça e deixaram o Brasil a bordo de um jatinho, ironizando o país com um gesto de desprezo. César (Carlos Alberto Riccelli), por sua vez, igualmente driblou as consequências de seus atos, partindo para o exterior ao lado de Maria de Fátima. Diferente deles, Ivan Meireles (Antônio Fagundes) pagou por sua corrupção, foi preso e, depois de cumprir pena, acabou em liberdade.
O enredo da novela
Na região do Sul do Brasil acontecem os primeiros capítulos da história de ‘Vale Tudo‘: a inescrupulosa Maria de Fátima, jovem que odeia ser pobre, vende a única propriedade da família e foge com todo o dinheiro para o Rio de Janeiro com o objetivo de se tornar modelo. Sua mãe, Raquel, mulher de caráter reto, vai atrás dela. Na versão original, mãe e filha foram interpretadas, respectivamente, por Regina Duarte e Gloria Pires. No remake, Taís Araújo e Bella Campos estarão nos icônicos papéis.
Alto astral e batalhadora, Raquel foi criada com amor e atenção pelo pai Salvador (Antonio Pitanga), homem íntegro que honra cada dia trabalhado na alfândega brasileira no Paraguai. Tão correta quanto o pai, Raquel começa a trama como suplente de guia de turismo em um hotel simples da cidade.
Raquel tenta educar Maria de Fátima da forma mais ética possível. Mas a ambiciosa moça tem uma visão completamente oposta à da mãe sobre o caminho para se vencer na vida e não mede esforços para ascender socialmente.
Com um golpe que deixa a mãe para atrás sem explicações, Fátima se muda para a Cidade Maravilhosa em busca de dinheiro e fama, e acaba se aproximando novamente do pai, Rubinho (participação especial de Júlio Andrade no remake). Raquel também se muda, na esperança de reencontrar e resgatar a índole da filha, que acredita ter sido mal influenciada. E, lá, precisa lutar para sobreviver.
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