“O racismo não está piorando, ele está sendo filmado” Will Smith, ator (Crédito:Evgenya Novozhenina)

O racismo não está piorando, ele está sendo filmado”. A frase, dita por Will Smith em um programa de TV em 2016, voltou às redes sociais. O ator a publicou novamente em protesto à morte de um homem negro na segunda feira 25, filmada no momento em que o policial branco, Derek Chauvin, o asfixiava com o joelho em seu pescoço. Smith não foi o único a se revoltar nos EUA: além de manifestações violentas em Minneapolis, cidade onde ocorreu o crime, acusações de racismo contra a polícia americana se espalharam pelo país. O vídeo da morte de George Floyd, de 46 anos, causou um impacto ainda maior porque é possível vê-lo imobilizado, desarmado, balbuciando apenas “eu não consigo respirar”. O FBI investiga o caso e os quatro policiais que participaram da operação foram demitidos. A nota oficial dizia inicialmente que Floyd morreu “após incidente médico durante interação policial”, mas foi cancelada. Floyd era segurança de restaurante, mas havia perdido o emprego após o início da pandemia. A polícia foi chamada porque ele supostamente teria tentado passar uma nota falsificada de US$ 20 em uma loja de conveniência. A família de Floyd exige que os policiais sejam julgados por assassinato e tem o apoio do prefeito Jacob Frey. Segundo o prefeito, a ação foi “errada em todos os níveis”. “Ser negro nos EUA não deveria ser uma sentença de morte”, completou. O assassinato de mais um negro pela polícia lembrou o caso de Eric Garner, ocorrido em Nova York em 2014. Em situação semelhante, ele também estava desarmado e havia repetido a frase “eu não consigo respirar” diversas vezes antes de morrer.

Festa italiana.
O vírus foi embora

ALEGRIA Catedral do Duomo, em Milão: fotos e acrobacia aérea (Crédito:MATTEO BAZZI)

Piscinas lotadas, academias lotadas, ginásios lotados — e, claro, muita festa e alegria diante da Catedral do Duomo, em Milão, onde teve até show de acrobacia de aviões. Assim a Itália comemorou na semana passada mais um passo rumo ao final da quarentena no país que, em determinado momento, foi o epicentro da pandemia. Sessenta mil voluntários começaram a ser recrutados pelas autoridades sanitárias. Diante da euforeia dos italianos, eles terão a difícil missão de monitorar o cumprimento das medidas de segurança: a principal delas é distância física entre as pessoas com a finalidade de não formarem multidões. A decisão do recrutamento foi tomada após o último final de semana: muita gente, sobretudo jovens, comportou-se como se o novo coronavírus não tivesse arrasado a Itália. Nas piscinas, a distância entre um nadador e outro deve ser de pelo menos sete metros quadrados. Tanto nelas quanto nas academias, os usuários terão a temperatura medida antes de ingressarem no local: voltam para casa aqueles que apresentarem mais de trinta e sete graus e meio. Segundo o ministério da saúde da Itália, a população sai da quarentena pesando, em média, dois quilos a mais. Estima-se que pelo aproximadamente dez milhões de italianos queiram retomar imediatamente a prática de esportes e de exercícios físicos.

FABIO FRUSTACI

Vírus e canibal

Um restaurante italiano, em Roma, radicalizou no aviso de que só levantará a porta quando o coronavírus definitivamente for banido: afixou um cartaz com a imagem do personagem Hannibal Lecter (isso mesmo, o canibal).

2 quilos, em média, é quanto a população da Itália engordou durante a quarentena, segundo as autoridades da área da saúde no país. Estima-se que cerca de 10 milhões de italianos retomem imediatamente a prática de exercícios físicos

SOLIDARIEDADE
A boa informação contra a pandemia

Divulgação

Diante da Covid-19, a médica fisiatra Thais Rodrigues Saron (foto), do Hospital das Clínicas de São Paulo, criou um canal que dá à população mais carente dados seguros contra fake news. Trata-se do canal no Instagram (@cultura_da_saude), abastecido com vídeos de um a dois minutos feitos voluntariamente por profissionais do setor. Eles tiram dúvidas que vão “desde o ‘estou gripado, e agora, o que eu faço?’ até a violência doméstica e problemas psicológicos”, disse Thais à ISTOÉ. “Nosso objetivo é que tais vídeos curtos sejam disseminados no Instagram e no Whatsapp”. A repercussão é excelente: já há acordo para que os vídeos sejam levados às comunidades por agentes comunitários.