Estudantes indianos indignados protestaram nesta sexta-feira depois que uma aluna de 10 anos morreu por ser picada por uma cobra venenosa escondida em um buraco debaixo de sua mesa.

Shehala Sherin só foi levada da escola para o hospital uma hora depois de ser picada e depois que sua perna ficou azul, informou a mídia.

Sua professora, suspensa desde então, ignorou seus gritos de dor e os protestos de outros alunos. Continuou a dar aula na escola em Kerala, sul da Índia.

Seus pais a levaram a quatro hospitais diferentes, mas foram informados de que não havia antiveneno. Ela morreu a caminho de uma quinta clínica a 90 quilômetros de distância da escola.

Os colegas alegam que os professores da escola secundária consideraram a lesão como tendo sido causada por um prego, pedra ou objeto parecido.

Cerca de 50.000 pessoas são mortas por cobras todo ano na Índia, principalmente nas áreas rurais, com altas taxas de mortalidade atribuídas à falta de centros de saúde e estoques insuficientes de antiveneno.

Entre os 150-200 alunos que protestaram, um com uma cobra de plástico enrolada no pescoço afirmou que a escola não tinha caixa de primeiros socorros e que as cobras eram comuns tanto no playground quanto nas salas de aula, informou o Press Trust da Índia.

“Os professores devem educar as crianças sobre como reagir nessas situações”, disse o ministro-chefe de Kerala, Pinarayi Vijayan, prometendo fortes ações contra os responsáveis.

Rahul Gandhi, do partido do Congresso, o qual representa a região local, afirmou que “a infraestrutura em ruínas exige a atenção urgente do governo do estado”.

Mesmo que Kerala, lar de 35 milhões de pessoas e administrado por décadas por governos estaduais comunistas, possua a maior taxa de alfabetização da Índia, suas escolas geralmente são mal mantidas assim como em outros lugares.