A senadora Rita Barberá, histórica dirigente da direita espanhola, morreu nesta quarta-feira, em Madri, quando era investigada por suposta lavagem de dinheiro do partido.

Protagonista de um dos vários escândalos de corrupção que afetaram o governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy desde que este chegou ao poder em 2011, Barberá faleceu aos 68 anos após uma parada cardíaca nesta quarta-feira.

A morte aconteceu apenas dois dias depois de ter comparecido ao Tribunal Supremo em Madri, como parte da investigação sobre suposta lavagem de dinheiro destinado a financiar o Partido Popular (PP) em Valência, cidade do leste da Espanha que dirigiu durante 24 anos.

Figura emblemática da direita e por muito tempo próxima a Rajoy, Barberá caiu em desgraça com as investigações e foi forçada a sair do PP.

Como prova de que foi uma figura polêmica, o Congresso dos Deputados observou um minuto de silêncio pela morte de Barberá, mas a homenagem não contou com a presença dos deputados do partido de esquerda radical Unidos Podemos.

Apesar de ter sido obrigada a sair do PP, ela permaneceu como senadora, mantendo foro privilegiado.