O filósofo italiano Toni Negri, ex-líder de movimentos de extrema esquerda, morreu neste sábado, aos 90 anos, em Paris, informou à AFP sua mulher, a filósofa Judith Revel.

Negri liderou na década de 1970, na Itália, os movimentos Poder Operário e Autonomia Operária, considerados fundamentais na esquerda radical de então.

O filósofo foi preso em abril de 1979 e condenado anos depois por “associação subversiva e formação de grupos armados”, devido aos confrontos entre ativistas e policiais em Milão entre 1973 e 1977.

Em 1983, Negri foi eleito deputado pelo Partido Radical de Marco Pannella e aproveitou a imunidade parlamentar para se refugiar na França, onde trabalhou como professor universitário.

Em julho de 1997, após 14 anos no exílio, Negri decidiu retornar à Itália para se entregar à justiça e “virar a página”. Dois anos depois, obteve o regime de semiliberdade.

Nos últimos anos, Negri havia se posicionado na França contra a reforma da empresa ferroviária estatal e contra a reforma do sistema previdenciário.

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