O bilionário saudita e comerciante de armas Adnan Khashoggi, famoso por seu estilo de vida extravagante, morreu nesta terça-feira, em Londres, aos 82 anos, anunciou sua família em um comunicado.

Khashoggi, que sofria de mal de Parkinson, morreu cercado por seus filhos, segundo o comunicado.

Durante anos, foi mediador de contratos lucrativos de armas que implicavam, em particular, a companhia americana Lockheed.

Khashoggi era, além disso, tio do falecido Dodi al Fayed, o último companheiro sentimental da princesa Diana de Gales.

Seu nome apareceu em diversos escândalos de grande repercussão.

No final dos anos 1980, foi convocado pelo Congresso dos Estados Unidos devido ao Irangate, um caso vinculado à venda secreta de armas americanas a Teerã para conseguir a libertação de reféns americanos no Líbano e ajudar financeiramente os contras (contra-revolucionários) nicaraguenses.

Em meados dos anos 1990, se viu implicado em um escândalo financeiro na Tailândia, suspeito de uma malversação de fundos de 75 milhões de dólares que quase quebrou o Banco de Comércio de Bangkok.

Um ano mais tarde, foi processado pelo cassino do hotel Ritz de Londres por uma dívida de jogo de oito milhões de libras. O caso foi resolvido com um acordo cujos termos nunca foram revelados.