O trombonista Zé da Velha morreu aos 84 anos na sexta-feira, 26, no Rio de Janeiro. Considerado uma das grandes referências do choro e da música instrumental brasileira, ele construiu uma trajetória respeitada por gerações de músicos e deixou uma marca profunda na cena carioca.
No Instagram, o trompetista Silvério Pontes, parceiro de Zé da Velha por mais de 30 anos, prestou homenagem ao músico e destacou a relação de afeto entre eles: “Construímos uma amizade profunda, um amor de pai para filho. Ele dizia que eu era o filho mais velho”.
A causa da morte foi uma infecção bacteriana, segundo informou o g1. O músico estava internado após sofrer uma queda na calçada de casa, que resultou em uma cirurgia na bacia.
Quem foi Zé da Velha
Nascido em Aracaju, em 1941, José Alberto Rodrigues Matos teve o primeiro contato com a música ainda na infância, influenciado pelo pai, flautista e saxofonista amador. Já no Rio de Janeiro, para onde se mudou com a família, começou a tocar trombone aos 15 anos, inicialmente no modelo de pistão, migrando depois para o de vara.
A proximidade com Pixinguinha, de quem se tornou amigo, levou Zé da Velha a circular entre sambistas, músicos de gafieira e chorões da Velha Guarda – convivência que lhe rendeu o apelido pelo qual ficou conhecido, mesmo sendo jovem à época.
Ao longo da carreira, colaborou com grandes artistas da música brasileira, entre eles Beth Carvalho, Martinho da Vila, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Copinha, Abel Ferreira e Paulo Moura.