O técnico Orlando Aravena, que comandava a seleção chilena no escândalo do “Caso Rojas” em 1989, no Maracanã, morreu aos 86 anos, informou o Colégio Profissional de Treinadores de Futebol do Chile nesta quinta-feira (21).

“Lamentamos o falecimento do destacado técnico Orlando Aravena (…), ocorrido nas últimas horas”, diz a nota do órgão.

Aravena dirigiu o Chile entre 1987 e 1989, quando a equipe chegou à final da Copa América de 1987 e foi derrotada por 1 a 0 pelo Uruguai.

Além disso, ele estava à frente da seleção quando aconteceu a maior vergonha do futebol chileno, em um jogo decisivo entre Brasil e Chile pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990, no Maracanã, no episódio que ficou conhecido como “Caso Rojas”.

Em 3 de setembro de 1989, quando o goleiro Roberto Rojas, aproveitando o lançamento de um morteiro em sua área, cortou o próprio supercílio para aparentar que tinha sido atingido pelo artefato e forçar o árbitro a suspender a partida e dar a vitória ao Chile. No momento do incidente, o Brasil vencia por 1 a 0 e estava garantindo sua vaga no Mundial.

No entanto, Rojas confessou meses depois que ele mesmo se cortou com uma lâmina.

Por esse escândalo, a Fifa puniu o Chile e deixou o país de fora das Eliminatórias para a Copa de 1994.

Como treinador, Aravena desenvolveu toda sua carreira no futebol chileno e passou por Colo Colo, Audax Italiano, Universidad Católica, O’Higgins, Unión Española, Rangers, Everton, Santiago Morning e Palestino.

Antes, como jogador, também não saiu do Chile e defendeu Magallanes, La Serena, Palestino, Colo Colo e Ñublense.

ps/ma/cb/aa