O senador e candidato presidencial colombiano Miguel Uribe, baleado em junho em Bogotá, morreu nesta segunda-feira, 11.
O parlamentar de oposição, de 39 anos, estava em cuidados intensivos após sofrer um atentado brutal durante um ato político em um parque de Bogotá.
Com dois ferimentos à bala na cabeça e um na perna, o pré-candidato presidencial foi submetido a múltiplas cirurgias desde o atentado.
Nas redes sociais, a esposa do senador, Maria Claudia Tarazona, lamentou a morte do marido.
“Você sempre será o amor da minha vida. Obrigado por uma vida cheia de amor, obrigado por ser um pai para as meninas, o melhor pai para o Alexandre. Peço a Deus que me mostre o caminho para eu aprender a viver sem você. Nosso amor transcende este plano físico. Espera por mim, quando eu cumprir minha promessa com nossos filhos, eu vou te buscar e teremos nossa segunda chance. Descanse em paz amor da minha vida, eu cuidarei dos nossos filhos”, escreveu.
Ver esta publicação no Instagram
Investigações
As autoridades capturaram seis suspeitos relacionados ao ataque e apontam uma dissidência da extinta guerrilha das Farc como possíveis autores intelectuais.
Entre os detidos estão o atirador, um menor de 15 anos, e Elder José Arteaga Hernández, conhecido como “El Costeño”, operador logístico do ataque.
Nesta semana, o diretor da Polícia colombiana, Carlos Fernando Triana, disse que “muito provavelmente a Segunda Marquetalia”, uma dissidência fundada pelo histórico líder das Farc Iván Márquez, está por trás do planejamento do atentado.
O governo do presidente de esquerda, Gustavo Petro, iniciou aproximações de paz com o grupo em meados de 2024 na Venezuela, mas atualmente estão suspensas devido à falta de avanços.
As autoridades suspeitam que Márquez e seu segundo no comando, conhecido como Zarco Aldinever, estão mortos, embora isso não tenha sido confirmado.
O atentado contra Uribe, que era o favorito da direita para as eleições presidenciais de 2026, reabre feridas em um país atravessado pela violência e pelos atentados contra políticos nas décadas de 1980 e 1990.
* Com informação da AFP