ROMA, 24 NOV (ANSA) – Morreu na manhã desta terça-feira (24), o ex-mordomo do papa Bento XVI Paolo Gabriele, 54 anos, que ficou conhecido por vazar documentos com denúncias de corrupção no Vaticano. O caso, conhecido como Vatileaks, causou sua prisão em 2012.   

Segundo as primeiras informações, Gabriele morreu “por consequências de uma longa doença” após ser levado ao pronto-socorro do hospital Policlinico Gemelli, de Roma, às 9h30 (hora local). Ele deixa esposa e três filhos.   

Gabriele, que trabalhava com Joseph Ratzinger desde 2006, foi o pivô de um dos maiores escândalos financeiros da Santa Sé nos últimos anos ao repassar para a imprensa cartas privadas com denúncias de vários casos de corrupção em alto nível da Igreja Católica.   

Em 24 de maio de 2012 foi detido pela Gendarmaria vaticana “por ter posse de uma quantidade de cópias de cartas reservadas da Santa Sé”, sendo que a maior parte delas haviam sido publicadas pelo jornalista Gianluigi Nuzzi, “Sua Santidade: As Cartas Secretas de Bento XVI”.   

Nos documentos, ficavam claras divergências entre o então Papa e seu secretário de Estado, Tarcisio Bertone. No entanto, Gabriele recebeu um indulto de Ratzinger em 22 de dezembro e, após deixar sua funções, trabalhou no hospital pediátrico Bambino Gesù, de Roma, mantido pelo próprio Vaticano. (ANSA).   

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