Morre o cineasta Jean-Luc Godard, aos 91 anos

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O cineasta Jean-Luc Godard morreu aos 91 anos, na manhã desta terça-feira (13), de acordo com informações do jornal francês Libération. Ele foi figura importante na Nouvelle Vague, movimento que revolucionou o cinema nas décadas de 1950 e 60, e que lhe rendeu diversos prêmios durante a carreira.

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Godard nasceu em Paris, em 1930, e foi estudar na Suíça, onde foi criado. Quando retornou à capital francesa, começou a frequentar e colaborou na revista Cahiers du Cinéma a partir de 1952. Depois de vários curtas-metragens, fez seu primeiro longa em 1959, com o título de À Bout de Souffle (Acossado).

O cineasta adotou técnicas diferentes das comuns para a época, filmando com a câmera na mão, além de inovações narrativas, quebrando regras então cruciais no cinema. Com isso, amplificou a Nouvelle Vague, movimento que se propôs a renovar a cinematografia francesa e valorizar a direção das películas.

Na sequência, filmou diversos longas que se caracterizaram pela mobilidade da câmera, os demorados planos-sequências, montagem descontínua, improvisos e tentativa de carregar cada imagem com valores contraditórios. Se destacam Viver a Vida (1962), Alphaville (1965), Duas ou Três Coisas que Eu Sei Dela (1966) e A Chinesa (1967).

Após o crescimento do movimento estudantil em 1968, Godard voltou-se para o cinema político e criou o grupo de cinema Dziga Vertov, que homenageava o cineasta russo de vanguarda. Esteve à frente de filmes como Pravda (1969), que falava sobre a invasão soviética na Tchecoslováquia, e Até a Vitória (1970), sobre a guerrilha palestina.

Godard foi casado duas vezes, com as atrizes Anna Karina (1961 a 1967) e Anne Wiazemsky (1967 a 1979). O cineasta ainda teve um relacionamento com a diretora Anne-Marie Miéville ao final de seu segundo casamento até 2022. Jean-Luc ainda era primo, por parte de pai, de Pedro Pablo Kuczynski, ex-presidente do Peru.