ROMA, 2 MAI (ANSA) – O político comunista, jornalista e um dos fundadores do jornal “Il Manifesto”, Valentino Parlato, morreu nesta terça-feira (2), na Itália, segundo informou a escritora italiana Ritanna Armeni em sua página no Facebook.
Em comunicado, o jornal prestou sua última homenagem ao jornalista. “Por agora, paramos por aqui, abraçando forte a sua maravilhosa família e todos os companheirros que, como nós, o conheciam e o amavam”, lembrou a publicação.
Parlato nasceu em 07 de fevereiro de 1931, em Tripoli, na capital da Líbia. Ele fazia parte dos chamados dissidentes do Partido Comunista Italiano (PCI) que, em 1969, fundaram o jornal “Il Manifesto”. Entre eles estavam Luigi Pintor, Aldo Natoli, Luciana Castellina e Ninette Zandegiacomi, jornalistas e membros do antigo partido.
De origem siciliana, Parlato foi diretor e co-diretor da publicação entre 1975 e 2010. Em 2012, foi o último dos fundadores a deixar o jornal-partido.
Ao longo de sua carreira, o jornalista também se dedicou a dois livros: “La rivoluzione non russa. Quarant’anni di storia del Manifesto”(2012) e “Se trentacinque anni vi sembrano pochi” (2006).
Em 2016, Parlato declarou que durante as eleições para eleger o prefeito de Roma votou na candidata do Movimento 5 estrelas, Virgina Raggi. Esta foi a primeira vez que ele admitiu ter traído à esquerda. (ANSA)