Morreu neste domingo, 14, aos 87 anos, o jornalista Sérgio Cabral. A morte foi confirmada por seu filho, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, nas redes sociais.

Sérgio Cabral também era escritor, compositor e pesquisador da música brasileira. Ele estava internado em um hospital do Rio de janeiro.

Sérgio Cabral Filho com o pai, Sérgio Cabral
Sérgio Cabral Filho com o pai, Sérgio Cabral (Crédito:Reprodução/Instagram)

“Meu pai faleceu há pouco do hospital. Resistiu 3 meses. Peço a vocês que orem por ele, pela alma dele. Por tudo o que ele fez no Rio de Janeiro e no Brasil. Pelo que ele fez pela música e pelo futebol, pela família linda que ele construiu. Nos ensinou a ser vascaínos, a amar a música, a rejeitar o preconceito, a amar o Rio. Então, divido com vocês essa dor da perda do meu pai. Vim compartilhar essa notícia e pedir que orem por ele. O grande Sérgio Cabral, uma cara assim… não é porque é meu pai não, mas é uma figura que o Rio deve muito a ele. A música, os artistas populares, os esportes, a política. Uma figura múltipla do Rio. Pra sempre pai, eu te amo! Você nunca vai sair do meu coração”, disse o ex-governador em vídeo no Instagram.

Também no vídeo, Sérgio Cabral Filho diz que haviam acabado de receber a notícia e ainda não há definições sobre velório e enterro. “Estamos providenciando”.

Sérgio Cabral nasceu no Rio de Janeiro. Começou sua carreira em 1957 como repórter policial do Diário da Noite, jornal vespertino dos Diários Associados.

Foi um dos criadores de O Pasquim, em 1969, ao lado de Jaguar e Tarso de Castro. Chegou a ser preso durante a Ditadura no Brasil por conta do ativismo no jornal.

Trabalhou como produtor musical entre 1973 e 1981. Como compositor, foi parceiro de Rildo Hora, escrevendo as letras de Janelas Azuis, Visgo de Jaca, Velha-Guarda da Portela e Os Meninos da Mangueira, entre outras.

Foi também três vezes vereador da cidade do Rio entre 1983 e 1993. Em seguida, assumiu como conselheiro do Tribunal de Contas do Município, onde ficou até se aposentar compulsoriamente por completar 70 anos de idade, em 2007.

Ligado a escolas de samba, Cabral também fez parte de júri especializado na TV Globo dando nota para a apresentação das escolas de samba.