O general Newton Cruz, de 97 anos, morreu na última sexta-feira (15), no Rio de Janeiro. Chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) durante a ditadura militar, o homem estava internado no Hospital Central do Exército, localizado na zona norte do Rio de Janeiro.

A morte do militar foi divulgada pelo Comando Militar do Leste. “Neste momento de consternação, os integrantes do CML solidarizam-se e rogam a Deus pelo conforto de familiares e amigos do General Newton Cruz”, informa o comunicado.

Cruz era um dos principais críticos da abertura dos arquivos da época do regime militar. Ele acumulou acusações por crimes cometidos durante a ditadura. Entre elas, Newton foi acusado pelo atentado a bomba no Riocentro em 1981. Na época, a ação foi planejada para causar pânico em um show pelo Dia do Trabalho, que reunia cerca de 20 mil pessoas no centro de convenções na zona oeste do Rio de Janeiro.

O plano não deu certo e culminou na morte do sargento Guilherme do Rosário, que teve uma bomba explodida em seu colo. Depois de muitos anos, Newton foi considerado coautor do atentado pelo Ministério Público Federal por não ter tomado atitudes para evitá-lo.