O ex-vice-presidente dos EUA Walter Mondale, um ícone liberal do Partido Democrata, morreu nesta segunda-feira (19) aos 93 anos, informou a imprensa americana.

A imprensa, que cita um comunicado familiar, não especifica as causas da morte do ex-vice-presidente do democrata Jimmy Carter entre 1977 e 1981.

“Hoje lamento o falecimento de meu querido amigo Walter Mondale, que considero o melhor vice-presidente da história de nosso país”, declarou Carter em um comunicado no qual ofereceu suas condolências à família de seu ex-número dois.

“Ele foi um parceiro inestimável e um bom servidor para o povo de Minnesota, dos Estados Unidos e do mundo”, acrescentou.

Antes de sua passagem pela Casa Branca, Mondale serviu em seu estado natal, Minnesota, como procurador-geral de 1960 a 1964 e depois como senador de 1964 a 1976. Mondale então serviu como embaixador no Japão entre 1993 e 1996, sob Bill Clinton.

Em 2008, ele endossou a candidatura de Hillary Clinton à presidência e mais tarde apoiou Barack Obama quando o democrata ganhou a indicação.

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O ex-presidente Obama disse que Mondale “defendeu causas progressistas e mudou o papel do vice-presidente”.

A atual vice-presidente, Kamala Harris, afirmou em um comunicado que Mondale “levou uma vida extraordinária de serviço” e foi “muito generoso com sua sagacidade e sabedoria ao longo dos anos”.

A senadora Amy Klobuchar, também nativa de Minnesota, lamentou o falecimento de Mondale, chamando-o de “gentil e digno até o fim”.

“Walter Mondale era um verdadeiro servidor público e meu amigo e mentor”, enfatizou ela no Twitter.

Nascido em 5 de janeiro de 1928, filho de um pastor metodista e uma professora de música, Walter Frederick “Fritz” Mondale foi um defensor dos direitos civis.

Durante seu mandato no Senado, defendeu a educação, moradia, direitos dos trabalhadores migrantes e nutrição infantil.

Ele concorreu sem sucesso para a Casa Branca em 1984, desafiando o republicano Ronald Reagan, que foi reeleito.

Mondale escolheu a deputada Geraldine Ferraro como sua companheira de chapa, se tornando o primeiro candidato americano de um partido importante a incluir uma mulher na disputa presidencial.

Em 2014, sua esposa Joan Adams, com quem teve três filhos -Ted, William e Eleanor-, morreu após uma longa doença. Os dois primeiros filhos se dedicaram à política e Eleanor, que morreu em 2011 de câncer na cabeça, era jornalista.


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