ROMA, 7 JUN (ANSA) – Morreu nesta segunda-feira (7), aos 71 anos, o ex-líder sindicalista e ex-secretário do Partido Democrático Guglielmo Epifani. A família relatou que ele enfrentava uma doença e que estava internado, mas não deu detalhes.   

Epifani começou sua carreira de diretor sindical em 1979 e foi o secretário-geral da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), um dos maiores sindicatos da Itália, entre 2003 e 2010.   

Em 2013, se candidatou ao cargo de deputado pela sigla de centro-esquerda Partido Democrático e foi eleito. Em maio do mesmo ano, foi nomeado como o líder da formação política no período entre a renúncia de Pier Luigi Bersani e a eleição de Matteo Renzi, em dezembro de 2013. Quatro anos depois, deixou o PD para se unir ao Movimento Democrático e Progressista.   

“É uma notícia dramática, que chegou até nós durante uma reunião. É um dia tristíssimo. Nós interrompemos a reunião por respeito à memória de Guglielmo Epifani. Exprimo minhas profundas condolências de todos os democráticos e democráticas a sua esposa. Lembro do papel fundamental que ele teve como líder do PD, em um momento difícil”, afirmou o atual secretário-geral da sigla, Enrico Letta, junto a expoentes dos maiores sindicatos italianos.   

O atual presidente da CGIL, Maurizio Landini, afirmou que essa era “uma péssima notícia” porque “Guglielmo deu sua vida pelo sindicato”. “Vamos ver como vamos homenageá-lo. O seu compromisso e a sua experiência permanecerão para sempre como exemplo do que significa ser um diretor do sindicato”, acrescentou Landini.   

Quem também se manifestou foi o atual premiê da Itália, Mario Draghi, que classificou o dirigente como um “exemplo” para os italianos.   

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“A vida de Guglielmo Epifani foi um exemplo de participação democrática e compromisso social, sempre ao serviço dos trabalhadores e dos mais fracos. A sua gentileza, integridade e paixão civil restarão por muito tempo nas lembranças de todos. À sua esposa, Maria Giuseppina, envio as mais sentidas condolências minhas e do governo”, disse Draghi.   

Renzi, que saiu brigado do PD e hoje lidera o centrista Itália Viva, afirmou que tanto os sindicatos como a política do país perdem “um cavalheiro”. “Um cavalheiro que se mostrava assim e, sobretudo, agia assim quando alguém discordava dele. Envio um pensamento comovido para sua esposa e a todas as pessoas que o queriam bem”, disse Renzi.   

Não apenas políticos de esquerda e centristas se manifestaram, mas representantes de todos os espectros lamentaram a morte do ex-sindicalista.   

A líder do partido de extrema-direita Irmãos da Itália (FdI), Giorgia Meloni, afirmou que a notícia da morte de Epifani “me atinge e me causa dor”.   

“Nós tínhamos posições políticas diferentes, mas sempre admirei a sua paixão, a sua competência e a sua capacidade de debater.   

Se vai uma pessoa estimável e boa. À família e aos seus, desejo condolências minhas e de todo o Irmãos da Itália”, afirmou Meloni. (ANSA).   


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