Morre Elena Curti, última filha biológica de Mussolini

ROMA, 18 JAN (ANSA) – Elena Curti, última filha biológica do ditador fascista Benito Mussolini, morreu nesta segunda-feira (17) aos 99 anos, informou a edição italiana do “Huffington Post”. A idosa faleceu de causas naturais em sua residência em Acquapendente, na região do Lazio.   

Curti descobriu que era filha do ditador apenas aos 18 anos, quando a mãe dela, Angela Cucciati, foi pedir a Mussolini para libertar o marido preso, Bruno Curti. Os pais biológicos tiveram um relacionamento em 1921.   

Após esse episódio, Mussolini quis conhecer a jovem e a recebia semanalmente em um dos seus escritórios. No entanto, a amante do ditador, Claretta Petacci, achou que Curti era uma “aventura” do fascista e mandou afastá-la da convivência dele.   

Em 27 de abril de 1945, durante a fuga de Dongo, ela estava ao lado do pai antes que o Duce fosse transferido para o caminhão onde foi preso e depois executado ao lado de Petacci. Por muitos anos, ela foi a única testemunha viva dos últimos momentos do pai.   

Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, Curti morou por um tempo na Espanha e voltou para a Itália há cerca de 20 anos, tendo publicado o livro “Il chiodo a tre punte: schegge della figlia secreta del Duce”, em 2003, em que relata memórias do tempo em que conviveu com Mussolini. (ANSA).