A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta depois de cair enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Nesta terça-feira, 24, o Parque Nacional do Monte Rijani fechou para que os socorristas pudessem chegar até a publicitária.
Ainda segundo o parque, sete socorristas conseguiram se aproximar do local onde a brasileira estava havia quatro dias. Por meio de uma publicação no Instagram, a família informou que a equipe de resgate conseguiu chegar até Juliana, mas “ela não resistiu”.
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O Itamaraty informou que a embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais para a “tarefa de resgate e vinha acompanhando os trabalhos de busca desde a noite de sexta-feira, quando foi informada da queda no Mount Rinjani”. O governo também lamentou o ocorrido e prestou condolências aos familiares e amigos de Juliana.
A primeira-dama Janja da Silva lamentou a morte de Juliana por meio das redes sociais. “Quando uma mulher tão jovem, de espírito livre e sorriso largo, como Juliana, nos deixa, fica toda a tristeza de momentos não vividos. Mas também reverbera em nós a inspiração por toda a força e coragem que ela teve de realizar seus sonhos e viver com entusiasmo.Deixo aqui todo o meu afeto e solidariedade para a família e os amigos de Juliana. Que Deus conforte seus corações e que o brilho dela siga os acompanhando sempre!”, escreveu.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), comentou no X: “Recebi com grande tristeza a notícia da morte da jovem Juliana Marins, desaparecida na Indonésia após uma queda no Monte Rinjani. Juliana, com apenas 26 anos, deixará um vazio imenso em quem a conhecia e a admirava”.
Poucas horas antes, as equipes de buscas tinham avaliado que a publicitária estava em “estado terminal”. O pai de Juliana, Manoel Marins, está a caminho de Bali, antes com o intuito de chegar à Indonésia para auxiliar no resgate a filha. Nas redes sociais, ele informou que estava partindo de Lisboa para o país asiático. Ele chegou ao aeroporto português na segunda-feira, 23, mas não conseguiu voar devido aos bombardeios que fecharam os aeroportos no Oriente Médio.
O Parque Nacional do Monte Rijani declarou que 48 pessoas se envolveram na tentativa de salvamento da brasileira e que as atividades desta manhã estavam focadas na descida até o local onde Juliana estava com técnicas de resgate vertical. A entidade apontou o terreno e o clima como “grandes desafios”.
Relembre o caso
Juliana caiu e deslizou cerca de 300 metros no sábado, 21, em direção a uma área de difícil acesso na montanha. Após a queda inicial, ela caiu mais e estimativas dão conta que ela estava a cerca de 650 metros.
Por estar sem sinal de internet no local, a jovem ficou incomunicável após o acidente. Turistas que passaram pelo mesmo trecho algumas horas depois encontraram objetos e informações que ajudaram a identificar a brasileira e divulgaram o ocorrido pela internet, até que ele chegou à família da vítima.
As equipes de resgate afirmaram na segunda-feira que localizaram, com o auxílio de drones, o corpo da brasileira, que não se movia. “Deslocamos uma equipe ao local, mas esta foi impedida pelo terreno muito íngreme e pela névoa”, explicou o diretor do departamento de busca e resgate local, Muhammad Hariyadi. “Quando a detectamos usando um drone, ela não estava se movendo”, acrescentou.
Os socorristas explicaram que utilizaram drones térmicos, equipamentos de montanha e um helicóptero para localizar a brasileira, que estava viajando pelo sudeste asiático.
Familiares de Juliana chegaram a demonstrar preocupação com o tempo para o resgate. “É possível que ela não sobreviva por conta da demora no resgate e caia”, disse a irmã da brasileira, Mariana Marins, ao jornal O Globo.
A Embaixada do Brasil em Jacarta foi acionada pela família e mantém contato com a empresa que organizou a trilha e as autoridades locais. De acordo com comunicado enviado à imprensa, o órgão confirmou que o resgate estava a caminho e precisaria de pelo menos mais três horas para alcançar a vítima.
“Não temos informações precisas sobre o estado (de saúde) pois ela ainda está isolada no local da queda. Ela, contudo, está consciente e consegue mover membros superiores e inferiores. A equipe de resgate está a caminho do local, de modo que as condições do resgate ainda não estão claras”, afirmou a embaixada.
Juliana fazia um ‘mochilão’ pela Ásia desde fevereiro, passando por países como Vietnã, Filipinas e Tailândia, antes de seguir para a Indonésia, para fazer o passeio turístico pelo vulcão.