O bispo católico chileno Francisco José Cox, que teve o estado clerical revogado pelo papa Francisco em outubro de 2018 devido a acusações de pedofilia, morreu na madrugada desta quarta-feira (12), aos 86 anos.   

Segundo comunicado do Instituto Secular Padres de Schoenstatt, do qual Cox era integrante, ele faleceu de insuficiência respiratória. O chileno foi arcebispo de La Serena, 440 quilômetros ao norte de Santiago, entre 1990 e 1997, depois de ter sido secretário do Pontifício Conselho para a Família na década de 1980.   

Membro da oligarquia chilena, Cox era acusado de abusos sexuais contra menores de idade e, segundo uma das vítimas, tinha o apelido de “Michael Jackson” porque estava sempre rodeado de crianças. “Um dia abri a porta [de seu escritório] e ele estava beijando um garoto. O menino estava sem camisa, e ele o tocava, foi chocante”, contou Hernán Godoy à Justiça chilena.   

A remoção do estado clerical significou, na prática, sua saída do clero, mas a ordenação de um sacerdote não pode ser anulada.   

O advogado de Cox, Christian Urquieta, informou que o funeral ocorrerá de maneira privada e cumprindo as restrições decorrentes da pandemia do novo coronavírus. (ANSA).   

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