O ator mexicano Rubén Aguirre, conhecido no Brasil com intérprete do famoso Professor Girafales do programa “Chaves”, morreu nesta sexta-feira aos 82 anos na cidade de Puerto Vallarta, informaram sua família e colegas próximos.

“Estamos todos tristes pelo nosso querido professor, pouco a pouco a vizinhança vai indo embora, agora vai ter que se reunir lá em cima no céu”, disse o colega Carlos Villagrán, que interpretava Quico na série.

“Meu professor favorito descansa em paz. Hoje meu grande amigo Rubén Aguirre parte deste plano. Sentirei muitas saudades”, afirmou no Twitter o ator Edgar Vivar, que ficou conhecido por viver Seu Barriga e Nhonho.

Aguirre, que há tempos sofria de diabetes, foi recentemente hospitalizado por complicações de uma pneumonia.

“Obrigada pelas mensagens, li e me alegraram”, disse o ator quando teve alta através da sua conta de Twitter, onde tinha quase meio milhão de seguidores.

“Eu cheguei à velhice com uma vida que não me decepcionou (…). Tive um trabalho que eu adorava”, disse em uma entrevista ao canal de Noticias SIN.

Nascido em 1934, em Monterrey (nordeste), Aguirre, de 1,90 metro de altura era casado desde 1960 e tinha sete filhos.

Sua carreira artística nasceu com o personagem do palhaço Pipo, antes de conhecer o comediante Roberto Gómez Bolaños, criador de “Chaves” e “Chapolin Colorado”.

Bolaños desenvolveu para ele vários personagens até surgir o professor Girafales, recordado por ser o eterno apaixonado pela viúva Dona Florinda, mãe do mimado Quico.

A morte de Aguirre se soma às de outros integrantes do elenco do seriado, que foi exportado para mais de 25 países, incluindo Tailândia, Japão e Rússia, e há quatro décadas cativa toda a América Latina.

Bolaños faleceu em novembro de 2014 aos 85 anos.

Também morreram Seu Madruga (Ramón Valdéz, em 1988) e Dona Clotilde, a “Bruxa do 71” (Angelines Fernández, em 1994).

“O que mais me dói é que está acabando uma era maravilhosa, mágica, que não se repetirá. Uma era de diversão com bons valores, diversão verdadeira e atemporal, sem barreiras de espaço e de países”, declarou Florinda Meza, a viúva de Bolaños, que também vivia Dona Florinda.

Ela disse que não pretende ir ao enterro do colega porque ainda sofre com a morte de seu marido.

“Seria reviver o que não posso superar. Já passou um ano e meio e não consegui superar. Acho que depois visitarei seu túmulo e sua família”, explicou.

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