SÃO PAULO, 4 JUN (ANSA) – A arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon faleceu aos 92 anos nesta quarta-feira (4), após dedicar toda uma vida à escavação e preservação das maiores pinturas rupestres do Brasil.
A informação foi anunciada pelo Parque Nacional da Serra da Capivara, entidade que Guidon ajudou a fundar no Piauí.
“Lutou durante décadas para proteger e divulgar a riqueza arqueológica do Brasil”, disse o Parque em suas redes sociais.
Já o governo do Piauí declarou três dias de luto e agradeceu à cientista por contribuir com o desenvolvimento do estado, um dos mais pobres do país e por “revolucionar a forma de pensar sobre a população nas Américas”.
Guidon descobriu no Parque Nacional da Serra da Capivara mais de mil sítios arqueológicos, dando ao local a maior concentração de sítios arqueológicos atualmente conhecida nas Américas, além de ter datado pinturas com mais de 30 mil anos, o que sugere a chegada de seres humanos ao continente americano anterior ao que se acreditava até então.
O local, patrimônio da Unesco desde 1991, abriga ainda a Fundação Museu do Homem Americano, criada também com contribuição de Guidon a fim de preservar o patrimônio cultural e natural do parque. (ANSA).