Morreu em Roma, aos 88 anos, o cineasta Vittorio Taviani que, com seu irmão Paolo, assinou alguns dos mais notáveis filmes italianos das últimas décadas. O mais famoso, talvez, Pai Patrão, que recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1977.

Ao todo, a dupla assina 15 longas-metragens, um melhor do que o outro, como A Noite de São Lourenço, Kaos, Bom Dia Babilônia, As Afinidades Eletivas e etc. Com prisioneiros de um cárcere romano, encenaram Shakespeare, em César Deve Morrer. E, na última obra, Maravilhoso Boccaccio, retornam ao clássico Decamerão para falar da nossa sociedade contemporânea.

Fortemente influenciado pelo neorralismo, a escola italiana do pós-guerra, Vittorio, junto com seu irmão, centrou seu cinema em temas sociais, mas adicionou a ele uma gloriosa pitada de poesia, que se traduzia em imagens magníficas, que permanecem em nossas retinas.

O cinema italiano fica mais pobre com a morte de Vittorio. Mas não apenas o cinema italiano, pois Taviani passou a ser um nome internacional, imprescindível, uma marca registrada do cinema de cunho humanista.


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