O jornalista, poeta, editor e dicionarista Fernando Alexandre morreu na última quarta-feira, 7, aos 71 anos, em Florianópolis, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. A informação foi confirmada ao Estadão pelo poeta Rodrigo Garcia Lopes, amigo do agitador cultural.
Nascido em Maceió, em 1950, Fernando Alexandre Guimarães Silva foi um dos criadores do Lira Paulistana, palco da chamada Vanguarda Paulista nos anos 1980 e um dos principais espaços culturais alternativos de São Paulo, funcionando como casa de shows, cinema, teatro, jornal, editora e gravadora entre 1979 e 1986. Por lá, foram lançados os primeiros discos de Itamar Assumpção, Cida Moreira e outros artistas.
Como jornalista, Alexandre trabalhou em redações de veículos de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, como Veja, TV Iguaçu, Diário do Paraná, O Estado do Paraná, Indústria e Comércio e Folha de Londrina. Editou por dois anos a Gazeta de Pinheiros.
Como dicionarista, Alexandre foi autor de Dicionário da Ilha – Falar & Falares da Ilha de Santa Catarina, obra que somava 3.732 verbetes e registrou 57 mil exemplares vendidos, e Dicionário do Surf – A Língua das Ondas.
Durante os últimos meses de sua vida, Alexandre se dedicou a organizar um livro de poemas. Seu blog pode ser acessado aqui.