O presidenciável Sergio Moro (Podemos) recebeu no período em que trabalhou na Alvarez & Marsal um total de US$ 656 mil, cerca de R$ 3,537 milhões pelo contrato de 23 de novembro de 2020 até 26 de novembro do último ano. A informação é do colunista Lauro Jardim do jornal O Globo.

O montante foi apresentado pela empresa e por Moro em uma live nas redes sociais, além de entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU), ainda nesta sexta-feira (28).

A medida tem a intensão de colocar um fim nos rumores após a abertura de investigação no TCU por determinação do ministro Bruno Dantas.

No vínculo de Moro com a Alvarez & Marsal, o presidenciável recebia um salário mensal, mais um bônus pela assinatura do contrato. Nesse sentido, Sergio passou a receber outro valor quando iniciou as atividades na empresa, e tudo isso estava previsto no acordo.

Apesar disso, no contrato de dois anos com a empresa não estava previsto a remuneração variável. Moro rompeu o contrato faltando um ano para o término, sem o pagamento de multa.

Vale lembrar que a contratação de Moro pela Alvarez & Masal Disputas e Investigações ocorreu no momento em que o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) ainda tentava conseguir o visto de trabalho nos Estados Unidos. Na sequência da contratação, o ex-juiz foi transferido para Washington, onde passou a trabalhar para Alvarez & Marsal Disputes & Investigations LLC.

Mesmo assim, no primeiro trimestre, os vencimentos de Moro foram pagos em reais. Posteriormente, em abril, o ex-ministro da Justiça passou a receber em dólar, moeda corrente do país.

A empresa A & M Disputas e Investigações é uma subsidiária da holding A&M, a qual detém também a Alvarez & Marsal Administração Judicial. Esta última é a responsável por cuidar da recuperação judicial da Odebrecht.