O ex-ministro Sergio Moro participou de uma live do grupo Parlatório, na qual empresários e alguns políticos também fizeram parte da transmissão.

No evento online, Moro falou sobre a tentativa de instituir uma narrativa em que ele e procuradores têm interesses ambiciosos de prejudicar políticos.

“Quando se fala em criminalização da política pela Lava Jato, isso é uma grande bobagem. O que havia são pessoas que receberam ou que pagaram suborno”, explicou.

“Dá para tocar [Edith] Piaf [cantora francesa] ao fundo. Non, je ne regrette Rien. Não me arrependo de nada. Foi um trabalho importante, reconhecido pela população brasileira”, completou.

A declaração do ex-juiz é seu primeiro pronunciamento público após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que houve parcialidade dele no caso do triplex de Guarujá, no litoral paulista, que condenou o ex-presidente Lula.

Vale lembrar que Moro já havia emitido nota oficial sobre a decisão, ele alegou estar tranquilo quanto as sua postura no caso do ex-presidente. Moro também comentou na live sobre a decisão do ministro do STF Edson Fachin a qual determinou as anulações das condenações ao ex-presidente Lula proferidas na 13ª Vara Federal da Justiça Federal de Curitiba.

“Sempre tratei o STF com o máximo respeito, mas a decisão de revisão da jurisprudência das execuções da primeira instância foi uma decisão errada, uma decisão infeliz.”

Lava Jato

O ex-juiz fez questão de defender o trabalho da Lava Jato e disse que a luta contra a corrupção “tem sofrido retrocesso”.

“Temos que nos perguntar hoje onde estão os bons exemplos. O que foi feito em matéria de combate à corrupção como bons exemplos, considerando os últimos acontecimentos? Que tipo de mensagem estamos passando para dentro e fora do país?”, questionou

Entre os nomes mais conhecidos que praticaram da live estavam os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Michel Temer (MDB), além do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, e do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.