Moro é meu candidato predileto? Não, não é. Atualmente, dos nomes minimamente possíveis e prováveis para 2022, é o único, porém, que me faria sair de casa para votar.

O ex-juiz não me tem, digamos, a simpatia e a estrita confiança necessárias. Henrique Meirelles, por exemplo, as teria – como teve em 2018. João Amoêdo, também, como Serra em 2002. Ou como FHC em 1994 (em 1998, nem tanto).

Quem me acompanha sabe que votei em Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, no segundo turno da última eleição presidencial. Jamais o tive como um candidato minimamente aceitável, já que sua história e trajetória mostravam o desastre que seria na Presidência. Contudo, assim como milhões de eleitores, entre manter uma quadrilha miserável de bandidos no Poder ou arriscar um perfeito idiota como Chefe de Estado, preferi a segunda alternativa.

E sim! Quebrei a cara. E no pouco que acreditei (liberalismo, combate à corrupção, reformas etc.) e apoiei, mais ainda. O amigão do Queiroz se mostrou, além de tudo o que já era, e de um psicopata com comportamentos homicidas (que foi algo novo), um estelionatário eleitoral ‘nunca antes visto na história deste paíff’, como diria o meliante de São Bernardo, Lula da Silva, outra porcaria do gênero

POLÍTICA

Nunca tive idolatria por político algum. Sou dos que cobram e criticam com máximo vigor e que parabenizam, quando merecido, sem gratidão ou efusividade. Prometeu, elegeu-se, ganhou muita grana e entregou o trabalho prometido? Beleza. Parabéns, obrigado, eis meu voto novamente. Do contrário, é ‘pau’, sim, senhor! É pena que não seja possível pedirmos o dinheiro gasto, já que o tempo não volta. Seria o mínimo, diante de um serviço caro não entregue ou entregue cheio de erros.

Tenho Sergio Moro como uma espécie de herói por tudo o que fez frente à Operação Lava Jato, tenha ou não cometido excessos (pormenores) jurídicos. Porém, como político estreante, o enxergo com todas as dúvidas e senões que posso. Por exemplo: já começou a receber salário – R$ 22 mil – do Podemos. Quem está pagando? Nós, ué. Como sempre, aliás. O que ele está entregando? Nada. Se entregará ou não, só o futuro dirá. Mas já está recebendo para tentar. Não tem cabimento, como Ciro Gomes, Lula e tantos outros por aí, ganhar salário para ser candidato, pô!

Eduardo Leite é um jovem brilhante. Talvez nem tanto, vá lá. Mas é um político muito acima da média. Só por isso já mereceria minha atenção. Mas é também um rapaz ‘antenado’ com o mundo atual, comprometido com práticas civilizadas e civilizatórias, crédulo e praticante de bons e modernos princípios de gestão pública. Ah, como no Brasil, honestidade é ativo eleitoral, e não pré-condição óbvia, o (ainda) tucano é honesto também.

Ambos, Leite e Moro, andaram conversando. Não sei se irá adiante a ideia de uma chapa para 2022. Particularmente, a vejo com muito bons olhos e ficaria muito feliz em ter em quem votar. No caso, por dois motivos: ojeriza aos atuais favoritos e certa admiração pelos possíveis. Tomara que se entendam.