O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta quarta-feira, 19, para manter os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento da trama golpista, pela qual Jair Bolsonaro (PL) e aliados foram denunciados, na Primeira Turma da corte.
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Com a decisão, os três magistrados dividirão com Cármen Lúcia e Luiz Fux, a responsabilidade de analisar as denúncias da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre uma tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder após a derrota para o presidente Lula (PT) nas eleições de 2022 e, se acolherem o material, instaurar um processo criminal contra os denunciados. Esse julgamento está marcado para 25 de março.
O pedido para tirar os três ministros do caso foi apresentado pelas defesas de Bolsonaro, do ex-ministro Walter Braga Netto e do general da reserva Mario Fernandes. A análise será concluída até às 23h59 de quinta-feira, 20. Mas oito dos 11 ministros já se manifestaram para que Moraes, Zanin e Dino não deixem o processo.
Veja como foram os votos:
Alexandre de Moraes: contra os impedimentos de Dino e Zanin;
Cármen Lúcia: contra os impedimentos de Dino e Zanin, contra a suspeição de Moraes;
Cristiano Zanin: contra o impedimento de Dino e a suspeição de Moraes;
Dias Toffoli: contra os impedimentos de Dino e Zanin, contra a suspeição de Moraes;
Edson Fachin: contra os impedimentos de Dino e Zanin, contra a suspeição de Moraes;
Flávio Dino: contra o impedimento de Zanin e a suspeição de Moraes;
Gilmar Mendes: contra os impedimentos de Dino e Zanin, contra a suspeição de Moraes;
Luís Roberto Barroso: contra os impedimentos de Dino e Zanin, contra a suspeição de Moraes.