O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes barrou a inclusão do bispo Robson Rodovalho, da Igreja Sara Nossa Terra, no grupo religioso autorizado a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar há mais de um mês. Bolsonaro permanece detido enquanto aguarda os próximos desdobramentos da condenação imposta pelo STF, que o sentenciou a 27 anos e 3 meses de prisão.
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Robson Rodovalho integra o grupo de orações de Michelle Bolsonaro. O pedido de inclusão foi enviado na última sexta-feira, 19, informando que a reunião de oração aconteceria na quarta-feira, 24.
A solicitação da defesa baseou-se na Lei nº 7.210/1984, que garante assistência religiosa a pessoas privadas de liberdade em instituições civis e militares.
Na decisão, Moraes destacou que o grupo não pode desviar de sua finalidade principal, criticando a tentativa de incluir pessoas com o objetivo de realizar visitas que não foram formalmente solicitadas ou desvio da pauta prevista na proposta de visita.
“O ‘Grupo de Orações’, entretanto, não pode ser usado como desvio de finalidade, acrescentando diversas e distintas pessoas como integrantes somente para a realização de visitas não especificamente requeridas’”, pontou Moares.
A resposta foi divulgada no dia 23, e o nome de Robson Rodovalho foi oficialmente vetado. Além de líder religioso e fundador da Igreja Sara Nossa Terra, Robson tem trajetória na política, ele foi deputado federal pelo Distrito Federal entre 2006 e 2010. No entanto, em 2010, teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por infidelidade partidária, ao trocar o DEM pelo PP.
Esta é a segunda visita de religiosos autorizada por Moraes. A primeira foi liberada no dia 15 de setembro, quando o ministro autorizou a realização de um culto.
Durante a última manifestação da direita, realizada no dia 7 de setembro, Michelle Bolsonaro criticou a decisão de Moraes por não permitir que o grupo realizasse uma oração com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Eu não posso fazer um culto religioso porque ele [Moraes] não permitiu, e eu pedi. Libera a petição. Libera os meus irmãos para estarem comigo nesse momento“, disse a ex-primeira-dama durante o ato na Avenida Paulista, em São Paulo.