Moraes determina perícia em Heleno para comprovar laudo de Alzheimer

Defesa de general, que está preso por tentativa de golpe de estado, diz que Heleno sofre da condição desde 2018, mas que comprovação médica ocorreu em 2025

O general Augusto Heleno em interrogatório sobre suposta trama golpista
O general Augusto Heleno Foto: Ton Molina/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) realize uma perícia no laudo médico de Alzheimer apresentado pelo general Augusto Heleno. O prazo é de 15 dias.

O documento foi utilizado pela defesa para solicitar a prisão domiciliar do militar, que está detido desde a última terça-feira, 25, no Comando Militar do Planalto, em Brasília, após condenação de 21 anos por tentativa de golpe de estado.

Segundo o despacho de Moraes, deve ser feita avaliação “clínica completa, inclusive o histórico médico, exames e avaliações de laboratório, como a função tireoidiana e níveis de vitamina B12, neurológicos e neuropsicológicas, incluindo, se necessário for, exames de imagem como ressonância magnética e PET, além do que entenderem necessário para verificação do estado de saúde do réu, em especial sua memória e outras funções cognitivas, bem como, eventual grau de limitação funcional decorrente das patologias identificadas”.

Inicialmente, a defesa alegou ao STF que o general sofria da doença desde 2018, mas, após o ministro Alexandre de Moraes determinar maiores esclarecimentos sobre o laudo, afirmou que o diagnóstico comprobatório foi estabelecido apenas neste ano.

Relatórios médicos anexados ao pedido da defesa para que Heleno cumpra prisão domiciliar indicam que o general tem diagnóstico de demência mista desde janeiro de 2025. O documento aponta também que Heleno sofre de transtorno depressivo e de ansiedade.