Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Moraes confirma Ricardo Salles como réu no STF em caso de contrabando de madeira

Moraes fixou competência do STF para julgar Salles por corrupção passiva, crimes contra a flora e organização criminosa

Moraes confirma Ricardo Salles como réu no STF em caso de contrabando de madeira

Alexandre de Moraes seguiu o parecer da PGR e confirmou que o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, Ricardo Salles, será julgado no STF em uma ação penal envolvendo suposto contrabando de madeira extraída da Amazônia.

A investigação contra Salles havia sido aberta junto ao STF em maio de 2021, no âmbito da Operação Akuanduba, mas acabou sendo enviada por Moraes à primeira instância da Justiça Federal do Pará em julho daquele ano, depois que o agora deputado pediu demissão do ministério.

A 4ª Vara Federal do Pará tornou Salles réu por crimes de corrupção passiva, crimes contra a flora e organização criminosa.

Em razão do novo entendimento do STF sobre o foro privilegiado, no entanto, Moraes havia ordenado em março deste ano que o processo saísse da Justiça Federal e retornasse ao Supremo. A razão é que os crimes atribuídos a Salles teriam sido cometidos enquanto ministro e em razão do cargo, que tem foro no Supremo.

Como mostrou a coluna, ao se manifestar sobre o assunto, na quinta-feira, 21, Paulo Gonet defendeu que a ação penal deve mesmo tramitar no STF. O chefe da PGR também avaliou que são válidos e devem ser mantidos todos os atos processuais da 4ª Vara Federal do Pará, incluindo a decisão de agosto de 2023 que colocou Salles no banco dos réus.

Moraes concordou com a manifestação de Gonet e determinou que uma ação penal seja autuada no STF para julgar Ricardo Salles e os outros acusados.