O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira, 4, o ex-presidente Jair Bolsonaro a participar da missa de sétimo dia da mãe do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. A decisão segue os mesmos critérios da que permitiu a Bolsonaro comparecer ao velório na segunda-feira, 2.

Apesar de ter sido autorizado a ir ao sepultamento, Bolsonaro não compareceu, justificando a ausência pela falta de tempo para se deslocar de Brasília a Mogi das Cruzes (SP). Em seu lugar, enviou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

No pedido encaminhado ao STF, Bolsonaro comprometeu-se a não comentar o andamento das investigações em curso na Corte. Essa garantia foi um dos fundamentos usados por Moraes para liberar sua participação na missa.

Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto estão proibidos de manter contato desde fevereiro, quando ambos se tornaram alvos das investigações relacionadas ao suposto roteiro de um golpe de Estado. A Polícia Federal indiciou os dois no fim de setembro.

Desde a proibição, Bolsonaro e Valdemar frequentam a sede do PL em horários diferentes para evitar encontros. Ambos participaram do lançamento da campanha de Ricardo Nunes (MDB) à prefeitura de São Paulo, mas em momentos distintos: enquanto Bolsonaro subiu ao palco, Valdemar permaneceu em uma área reservada para convidados e a imprensa.

A missa representará o primeiro encontro presencial entre os dois desde a imposição da proibição de comunicação. O evento está marcado para a próxima segunda-feira, 9, em Mogi das Cruzes.

Leila Caran Costa, mãe de Valdemar Costa Neto, faleceu na madrugada de terça-feira, 3. A causa da morte não foi divulgada.