O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes cobrou honestidade do tenente-coronel Mauro Cid durante o processo de delação premiada estabelecido em 2024. Em uma das audiências, o magistrado repreendeu a postura de Cid, advertindo que aquela seria a “última chance de dizer a verdade sobre tudo”.
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) fazia parte de um acordo de delação com a Polícia Federal – que investiga a trama golpista articulada pela ala política bolsonarista. As filmagens relativas ao depoimento de Cid foram liberadas nesta quinta-feira, 20, e mostram Moraes insatisfeito com a incoerência dos testemunhos do tenente-coronel.
“A colaboração premiada não pode ser seletiva e direcionada. Ela não pode ser utilizada para proteger alguns e prejudicar outros. Aqui, o colaborador dá os fatos. Quem analisa quem será processado ou não é o Ministério Público, é o Procurador-Geral da República”, advertiu o ministro.
O relator ainda explicou que omitir a verdade tornava o processo mais grave, e que a reunião foi convocada para esclarecer os fatos.
“Eu quero fatos, por isso que eu marquei essa audiência. Eu diria que é a última chance do colaborador dizer a verdade sobre tudo”, completou.
