O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta quinta-feira, 14, o agendamento do julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado. A data deve ser agendada pelo presidente da Primeira Turma da Corte, ministro Cristiano Zanin.
Bolsonaro é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o líder da tentativa de golpe. Além dele, outros sete aliados da alta cúpula do governo bolsonarista são réus na ação penal.
A expectativa é que o julgamento aconteça no começo de setembro e dure ao menos dois dias. Nos bastidores da Corte, a condenação é dada como certa, com a tendência de divergência do ministro Luiz Fux.
Na quarta-feira, 14, Jair Bolsonaro enviou suas alegações finais e negou ter participado do tento golpista. O ex-presidente também negou a tentativa de reversão do resultado das eleições e disse apoiar a democracia.
Além de Bolsonaro, outros seis réus entregaram as alegações finais na quarta-feira. Delator no processo, o tenente-coronel Mauro Cid enviou o documento no fim do mês passado. A PGR também já entregou os argumentos e pediu a condenação de Bolsonaro e dos outros sete réus.
Veja os réus do núcleo 1
- Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Paulo Sérgio Nogueira (general), ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022.
- Mauro Cid (tenente-coronel), ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.