O governo peruano e os manifestantes chegaram a um acordo, nesta quarta-feira (31), para encerrar os protestos que durante seis dias afetaram a atividade turística em Machu Picchu, em rejeição à privatização da venda de entradas para a cidadela inca, anunciaram as duas partes.

“Temos a boa notícia de que a greve foi suspensa”, disse a ministra da Cultura, Leslie Urteaga, à rádio RRP, após a reunião com os líderes dos moradores do distrito de Machu Pichu Pueblo, no departamento de Cusco.

Um porta-voz dos manifestantes, o ex-prefeito da localidade Darwin Baca, confirmou à AFP o acordo com o governo para retomar nesta mesma quarta-feira o comércio e terminar com os bloqueios na via férrea que liga diretamente ao complexo arqueológico.

“Tomamos a decisão de suspender a greve por tempo indeterminado”, disse o porta-voz.

Um dos pontos acordados prevê “a anulação adiantada” do convênio pelo qual o governo deixava nas mãos de um operador privado a venda online dos ingressos, de acordo com a ministra.

Também “vamos incorporar outros acessos para o turismo em Machu Pichu”, acrescentou.

O protesto, que no final de semana obrigou a remoção, com apoio policial, de cerca de 1.200 turistas nacionais e estrangeiros, foi organizado pelos coletivos do distrito de Machu Picchu, ante a “privatização” da venda de ingressos.

O Ministério da Cultura contratou a empresa peruana Joinnus para assumir a operação até agosto.

De início, o governo havia alegado problemas com sua plataforma, mas, na segunda-feira, denunciou um foco de corrupção na gestão dos ingressos que cedia para venda em balcão.

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