Moradores evacuados por erupção de vulcão em Galápagos voltarão para casa

Moradores evacuados por erupção de vulcão em Galápagos voltarão para casa

As 50 pessoas evacuadas pela erupção do vulcão Sierra Negra poderão voltar para a ilha Isabela, em Galápagos, após a diminuição da atividade sísmica do colosso, informou a Secretaria de Comunicação (Secom) nesta quarta-feira (27).

O Comitê de Operações de Emergência (COE) resolveu “autorizar o retorno das pessoas evacuadas das zonas próximas” ao vulcão, assinalou a Secom em comunicado.

No entanto, as visitas ao Sierra Negra “continuam suspensas pelo Alerta Laranja”, acrescentou a pasta.

Mais cedo, o Instituto Geofísico equatoriano havia relatado uma diminuição da atividade sísmica do vulcão, localizado na ilha Isabela, a maior do arquipélago de Galápagos.

“Apesar da diminuição da atividade sísmica, o vulcão ainda está em uma fase eruptiva”, advertiu o Geofísico.

A lava expelida pelo Sierra Negra se dirige ao o mar pela parte norte e não chegou a zonas agrícolas ou habitadas.

O impacto da erupção na biodiversidade é “mínimo” porque os fluxos de lava “estão indo na direção contrária dos locais onde há as populações naturais de tartarugas e iguanas”, disse à AFP Jorge Carrion, diretor do Parque Nacional de Galápagos.

Os centros de reprodução e criação de tartarugas gigantes, que dão o seu nome às ilhas, também “estão a salvo”, acrescentou Carrión.

O vulcão Sierra Negra, de 1.124 metros de altura, entrou em erupção apenas 10 dias depois do vulcão La Cumbre em Fernandina.

Galápagos, a 1.000 km da costa continental do Equador, é Patrimônio Natural da Humanidade. As ilhas fazem parte da reserva da biosfera do planeta com um dos ecossistemas mais frágeis.

Com flora e fauna únicas no mundo, Galápagos serviu de laboratório ao naturalista inglês Charles Darwin para desenvolver a teoria da evolução das espécies.

O arquipélago recebeu seu nome por conta das tartarugas gigantes que chegaram há três ou quatro milhões de anos a essa região vulcânica no Pacífico.