Prestes a ganhar novo formato, a estrutura de governança do Open Finance teve montagem desafiadora, de acordo com o Banco Central. Embora o regulador estabeleça as diretrizes do sistema, a gestão fica a cargo de um ente privado, formado pelos participantes, e com representação para bancos, fintechs e outras estruturas do mercado financeiro.

“Outro desafio foi montar essa estrutura de governança. Como colocamos em uma mesa redonda os concorrentes, para decidir e definir?”, disse o chefe de departamento do BC Mardilson Queiroz durante o Uqbar Day, evento promovido de forma online nesta terça-feira, 15.

No início do ano que vem, a estrutura definitiva de governança do Open Finance entrará em funcionamento, com espaço para empresas de tecnologia que operam ferramentas como os iniciadores de pagamentos. A definição sobre a estrutura é feita pelo BC, que determina quais prioridades o grupo deve ter.

Queiroz afirmou que neste momento, o desafio do sistema é melhorar o desempenho dos compartilhamentos. “Temos uma máquina de produção de APIs conexões, bem constituída, mas precisamos melhorar o desempenho, que tem a ver com tempo de resposta e a própria interoperabilidade.”

O CEO e cofundador da Iniciador, Marcelo Martins, afirmou que mesmo com pontos a implementar, o Open Finance produziu efeitos de negócio no sistema. “100% do crédito do Mercado Pago é feito via Open Finance”, disse ele, que mencionou ainda que instituições tradicionais, como o Banco do Brasil, também têm operações feitas através do sistema.