As montadoras dos Estados Unidos sinalizaram que o ritmo forte do setor automobilístico no país está perdendo fôlego rapidamente, com a demanda surpreendentemente modesta para caminhões e utilitários que geraram lucros recordes para as companhias domésticas nesse ramo.

A General Motors e a Ford registraram quedas de 5,8% e 7,1% em abril, na comparação com igual período do ano passado. A Fiat Chrysler teve baixa de 7%, com as vendas de sua marca Jeep continuando a piorar.

Além disso, outro sinal preocupante é que as companhias demoram mais para se desfazer de seus estoques. A GM, maior montadora dos EUA, tem quase 1 milhão de veículos não vendidos em lotes com revendedores. As companhias de Detroit esperam que a tradicional temporada de vendas de verão local melhore o quadro. As montadoras planejam uma série de descontos e dependem dos preços baixos da gasolina e da força econômica geral.

Os descontos estão se aproximando em média de US$ 4 mil por carro ou caminhão vendido, segundo a J.D. Power, o que diminui o impacto favorável com a venda de modelos mais caros.

A GM fechará algumas fábricas neste ano para preparar linhas de montagem para novos modelos. Executivos dizem que a falta de novas ofertas no segundo semestre, sinais positivos para a geração de empregos, altas nos salários e gasolina barata irão ajudar a reduzir o estoque da GM. A companhia, que tem 17% de fatia de mercado, possui mais de um quinto do estoque do setor.

A maior montadora japonesa, a Toyota Motor, reportou queda de 4,4% em suas vendas em abril na comparação anual. A Honda, por sua vez, viu suas vendas nos EUA recuarem 7% em abril. A Nissan teve baixa de 1,5% na mesma comparação anual. Fonte: Dow Jones Newswires.