Filial do grupo químico alemão Bayer, a Monsanto investigou 600 pessoas ilegalmente, na França e na Alemanha, para conhecer suas posições sobre os organismos geneticamente modificados e sobre o glifosato – anunciou o grupo nesta segunda-feira (17).

“Até o final da semana passada, todas as pessoas que estão nas listas na França e na Alemanha foram contactadas”, afirmou a Bayer, em sua conta no Twitter.

“No total, trata-se de 600 pessoas”, acrescentou.

A Monsanto criou listas de políticos, cientistas e jornalistas que classificavam em função de sua opinião sobre os pesticidas e os organismos transgênicos, assim como em função de sua suposta facilidade de serem influenciados.

Também houve listas desse tipo na Itália, na Holanda, na Polônia, na Espanha e no Reino Unido, assim como com membros das instituições europeias.

A Justiça francesa abriu uma investigação por suspeitas de “coleta de dados pessoais por meios fraudulentos, desleais, ou ilícitos”.

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As listas são de 2016, antes de a Bayer comprar a Monsanto. Essa operação foi concluída no ano passado, por 63 bilhões de dólares.

Desde essa operação, a Bayer enfrenta ainda vários processos judiciais nos Estados Unidos pelo Roundup, um pesticida à base de glifosato, acusado de provocar câncer.


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