O chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, pediu neste domingo (8) a intensificação dos esforços diplomáticos para alcançar a paz “mais rapidamente” na Ucrânia, país que enfrenta a invasão russa desde fevereiro de 2022.

A declaração acontece no momento em que Scholz está sob crescente pressão interna devido ao cansaço da opinião pública com o prolongamento do conflito.

A Alemanha é o segundo maior doador de ajuda à Ucrânia, depois dos Estados Unidos, e o governo Scholz reiterou que manterá seu apoio a Kiev “enquanto for necessário”.

“Acho que agora é o momento de falar sobre como podemos sair dessa situação de guerra e alcançar a paz mais rapidamente”, disse o chanceler Scholz à emissora pública ZDF, em uma entrevista na qual declarou que a Rússia deveria participar de uma próxima cúpula de paz, depois de ter sido vetada na primeira.

“Haverá outra conferência de paz”, disse o chefe de Governo, que destacou que o presidente ucraniano Volodimir Zelensky concorda que a Rússia deve participar.

Os partidos de extrema direita AFD e de extrema esquerda BSW, que defendem o fim do fornecimento de armas à Ucrânia, avançaram nas eleições regionais da semana passada, nas quais a coalizão de Scholz foi derrotada.

Líderes mundiais e funcionários de alto escalão de mais de 90 países se reuniram na Suíça em junho para a primeira cúpula pela paz na Ucrânia, para a qual a Rússia não foi convidada.

A Ucrânia quer realizar uma segunda cúpula de paz este ano e Zelensky declarou no final de julho que a Rússia deveria estar presente para obter “resultados significativos”.

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