A diretoria do Monaco negou nesta segunda-feira as suspeitas de que o clube teria infringido regras do fair play financeiro. Em denúncia divulgado no fim de semana, o time foi acusado de forjar um contrato com uma agência de marketing para burlar as regras impostas pela Uefa.

As suspeitas surgiram em reportagem publicada pelo chamado Football Leaks, uma iniciativa jornalística que reúne 15 veículos de imprensa. De acordo com a denúncia, o proprietário do clube, o empresário russo Dmitry Rybolovlev, tentou esconder o financiamento ilegal do clube por meio de um contrato com uma empresa de marketing offshore (a AIM), localizada nas Ilhas Virgens e em Hong Kong.

Com esta forma de financiamento, o clube conseguiria, segundo a reportagem, superar o teto de gastos imposto pelas regras do fair play financeiro. O plano do proprietário, conforme a denúncia, seria injetar seu próprio dinheiro, na casa dos milhões de dólares, através do contrato com a agência assinado em junho de 2014.

“A AIM teria como objetivo garantir que o clube recebesse uma soma de 140 milhões de euros por ano durante um período de dez anos. Representaria uma soma extraordinária de dinheiro, mais alto que os gastos usuais dos clubes, na casa dos 125 milhões de euros, mas também cinco vezes maior do que acordos de patrocínios de times como Barcelona e Real Madrid”, informou a reportagem.

O clube nega as informações. Segundo o Monaco, as matérias publicadas sobre o assunto “contêm falsa informação e ampla falta de precisão”.

O clube admitiu ter contrato com a agência AIM, mas disse que o “vínculo (que provou ser ambicioso e inalcançável) nunca foi executado e nunca entrou na contabilidade do clube. Por isso nunca foi usado no contexto do fair play financeiro”, informou a direção do Monaco.

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