Com a garantia de que vão receber, pelo menos, um salário nesta sexta-feira, os jogadores do Mogi Mirim voltaram aos treinos nesta quinta sob o comando do técnico Lecheva. E à noite eles seguiram viagem para a cidade de Juiz de Fora (MG), onde neste sábado enfrentam o Tupi, pela 15.ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série C. Sinal de que não haverá um novo W.O. e que o clube não corre risco, por enquanto, de ser eliminado da competição.

Havia muita desconfiança nas negociações. Mas tudo acabou sanado com a interferência do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp), que à pedido dos jogadores esteve reunido com a direção da Federação Paulista de Futebol (FPF). As negociações foram tratadas pelo vice-presidente Mauro Silva, uma vez que o presidente Reinaldo Carneiro Bastos se ausentou nesta semana por ter viajado com a Chapecoense para o Japão.

O pedido feito pelo sindicato é de que os jogadores recebessem, pelo menos, um salário de forma direta sem que o dinheiro entrasse nos cofres do clube. Isso ficou acertado entre as partes. Os jogadores continuam sem confiança na direção do Mogi Mirim, depois de ficaram vários meses sem recebimentos. A FPF liberou perto de R$ 300 mil a título de antecipação de direitos de imagem.

Ficou combinado o pagamento nesta sexta-feira. Na verdade, o acordo gira em cima de 17 jogadores – aqueles que se comprometeram a entrar em campo, evitar um novo W.O. e a eliminação do clube na Série C. Isso prejudicaria outros três clubes paulistas que integram o Grupo B. O Bragantino perderia seis pontos, enquanto que Botafogo e São Bento quatro cada.

O experiente meia Cristian e o goleiro Márcio foram desligados e não entram neste acordo. Por isso, já articulam o procedimento para processar o clube na Justiça do Trabalho.