O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, fechou em leve alta na sessão desta quinta, 10, após apresentar volatilidade durante o dia. O mercado esteve de olho na divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro dos Estados Unidos, que veio acima do esperado, o que inflou as expectativas de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Além disso, comentários do presidente da distrital do Fed em St. Louis, James Bullard, influenciaram as expectativas dos investidores.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 115,99 ienes, o euro avançava a US$ 1,1440, e a libra tinha alta a US$ 1,3556. O índice DXY subiu 0,06%, a 95,674 pontos.

Após o CPI, o DXY assumiu comportamento volátil, chegou a subir, batendo máximas, mas arrefeceu em seguida. Porém, no fim da tarde, reduziu perdas e passou a operar novamente em alta, com o mercado ajustando posições após Bullard afirmar que gostaria de ver aumento de 100 pontos-base no juro básico dos EUA até 1º de julho deste ano.

Frente ao iene, o dólar se fortaleceu em meio à especulação de que a diferença de juros entre EUA e Japão se alargará após o BC japonês (BoJ) anunciar que irá comprar um volume ilimitado de bônus do governo japonês (JGBs) de 10 anos a uma taxa de fixa de 0,25%. Já o peso mexicano caiu frente ao dólar após o banco central do México elevar os juros de referência do país em 0,50 ponto porcentual, para 6% ao ano. No fim da tarde em Nova York, o dólar era negociado a 20,5732 pesos mexicanos.

Para a Capital Economics, a atual postura hawkish do Fed continuará a elevar as taxas de juros esperadas dos EUA, o que dá força ao dólar americano. Segundo o monitoramento do CME, neste fim de tarde, o mercado embutia 84,9% de chance de alta de 50 pontos-base na reunião de março do Fed e 15,1% de elevação de 25 pontos-base. Ontem o quadro era oposto: 24% de apostas em uma alta de 50 pontos-base e 76%, em 25 pontos-base.