O dólar avançava ante pares globais nesta terça-feira, 09, operando volátil na véspera de decisão do Federal Reserve (Fed). A moeda norta-americana avançou especialmente contra o ienes, apesar de novas sinalizações de aumento de juros pelo Banco do Japão (BoJ, em inglês).
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, teve alta de 0,13%, a 99,220 pontos. Por volta das 17h50 (de Brasília), o dólar subia a 156,91 ienes, enquanto o euro perdia a US$ 1,1631 e a libra tinha queda a US$ 1,3301.
O dólar operou praticamente de lado ante divisas europeias, conforme investidores se posicionavam antes de decisão do Fed, cuja ampla expectativa é por um corte de juros. Analistas observam que, agora, os holofotes se voltam para o tom a ser adotado pelo BC americano após a decisão. Segundo a Tickmill, qualquer sinal de inclinação mais dovish afetará negativamente o dólar e os juros dos Treasuries de longo prazo.
Apesar disso, o dólar recebeu apoio de dados americanos sobre emprego divulgados nesta terça, ganhando força principalmente após o relatório Jolts apontar crescimento na abertura de postos de trabalho em setembro e outubro na comparação com agosto.
Já o iene manteve forte desvalorização, enquanto o Japão permanece sob alertas de possíveis terremotos de grande magnitude e diante de comentários do presidente do BoJ, Kazuo Ueda, vistos como “moderados” pelo BBH. Para o LMAX Group, ainda existe a impressão de que os danos dos desastres naturais são “limitados”, com os investidores considerando a possível alta dos juros na próxima semana como “cenário base”.
Por sua vez, o dólar australiano subiu a 0,66403 dólares no horário citado acima, após o Banco Central da Austrália (RBA, na sigla em inglês), deixar juros inalterados em 3,6%, mas sinalizar que a próxima decisão será de alta.
Na América Latina, o dólar caiu a 18,2086 pesos mexicanos, mesmo após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar impor tarifas de 5% sobre o México por, supostamente, violar tratado de fornecimento de água. Na Argentina, em meio a redução de impostos de exportação para grãos e subprodutos, o dólar subiu a 1.440 pesos argentinos, enquanto o dólar blue era cotado em 1.445, segundo El Clarín.
*Com informações de Dow Jones Newswires.