O dólar se fortaleceu na comparação com rivais nesta quinta-feira, com a continuação do processo de aumento da demanda pela segurança da divisa norte-americana diante das incertezas causadas pelo avanço global do coronavírus. O movimento foi possibilitado também pela desvalorização do euro, após o Banco Central Europeu (BCE) sinalizar novos estímulos monetários.

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 104,65 ienes. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos Estados Unidos ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em alta de 0,58%, a 93,955 pontos.

“O dólar preservou ganhos após notícias melhores que o esperado referentes à economia americana”, destacou o Western Union, em referência a informação de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país se expandiu à taxa anualizada de 33,1% no terceiro trimestre.

No mesmo horário, o euro caía a US$ 1,1679, depois que o Banco Central Europeu (BCE) anunciou a manutenção das taxas de juros e dos programas de compras de ativos nos níveis atuais. No entanto, a autoridade monetária informou que pretende “recalibrar” os seus instrumentos na reunião de dezembro, o que abre caminho para maior afrouxamento das condições.

Segundo a presidente do BCE, Christine Lagarde, os riscos para a economia da zona do euro estão “claramente inclinados para o negativo”, em meio à segunda onda de casos de covid-19 na região.

Na quarta, Alemanha e França decretaram novas medidas de restrição à circulação de pessoas para conter a disseminação na doença, enquanto, no Reino Unido, o governo já cogita fazer o mesmo, conforme revelou uma fonte ao Broadcast.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Esse cenário pressionou a libra, que recuava a US$ 1,2935. Em relatório divulgado nesta quinta, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou que a economia do Reino Unido terá contração de 10,4% este ano, com “parcial” recuperação em 2021, quando deverá crescer 5,7%. Nos dois casos, a entidade piorou as previsões.

Na comparação com emergentes, o dólar operou majoritariamente em baixa, recuando a 78,3388 pesos argentinos a 78,735 rublos russos.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias