O dólar reduziu as perdas ante outras moedas fortes no final do pregão, com os investidores buscando segurança após a Califórnia anunciar o fechamento de atividades, mas ainda recuou, principalmente em relação ao euro.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 107,27 ienes, o euro avançava a US$ 1,1349 e a libra cedia a US$ 1,2557. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis rivais fortes,

Caiu 0,19%, a 96,464 pontos.

Com o avanço da pandemia de covid-19, a Califórnia vai fechar operações internas em estabelecimentos como bares e restaurantes, informou o governador do Estado, Gavin Newsom. A notícia gerou cautela nos mercados financeiros, que vinham mantendo um tom otimista durante o pregão.

Ante dessa reversão, o apetite por risco prevalecia, em meio a notícias sobre avanços em tratamentos e potenciais vacinas para a covid-19. “Nada é mais potente do que uma solução médica para a crise da covid-19 que afetou todos os cantos da sociedade”, afirma a diretora de estratégias cambiais da BK Asset Management, Kathy Lien. “Esperamos que os resultados sejam positivos, mas, enquanto isso, a realidade é que novas restrições podem ser necessárias em muitos Estados como a Flórida”, acrescenta a profissional, em um relatório de mercado.

Em uma semana com divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da China no segundo trimestre e balanços corporativos nos EUA, o mercado cambial deve acompanhar também decisões de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e do Banco Central Europeu (BCE).

“Não se espera mudanças em nenhum desses bancos centrais, mas o euro está forte hoje e superando todas as outras moedas porque o BCE deverá ser menos pessimista”, afirma Kathy Lien.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar ficou sem direção única. No final da tarde em Nova York, a moeda americana caía a 70,6593 pesos argentinos, mas subia a 16,8488 rands sul-africanos e a 22,7100 pesos mexicanos.