O dólar caiu ante outras moedas principais nesta terça-feira, com o euro em destaque, apoiado por um indicador forte da Alemanha. Além disso, foram monitoradas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), um dia antes da publicação de mais uma leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 108,66 ienes, o euro subia a US$ 1,2156 e a libra tinha alta a US$ 1,4149. O índice DXY caiu 0,08%, a 90,141 pontos.

Na Europa, a moeda comum foi apoiada pelo índice de expectativas econômicas da Alemanha, que subiu de 70,7 em abril a 84,4 em maio na máxima em mais de duas décadas, segundo o Instituto Zew. Após o dado, que superou as expectativas dos analistas, o euro se fortaleceu, pressionando o DXY – o índice passou a cair, invertendo o sinal de mais cedo.

O dólar mantinha “viés negativo”, mas recebia certo apoio diante dos temores em torno da trajetória da inflação, afirmou a Western Union. Segundo ela, se o Fed dissesse que se preocupa com a inflação e que poderia apertar sua política antes do até então previsto isso apoiaria a divisa local, porém esses cenários “ainda são prematuros”.

Entre os dirigentes do Fed, Lael Brainard (diretora) disse que o emprego deve ganhar fôlego nos EUA e a inflação receber algum impulso, mas considerou que os movimentos nos preços devem ser temporários. Já James Bullard (St. Louis) considerou que apenas “parte” da inflação é transitória, mas disse que a trajetória dos preços segue dentro da meta do BC. Patrick Harker (Filadélfia) disse haver certo risco de inflação, mas garantiu que o Fed monitora isso de perto.

Nesta quarta-feira, será divulgado às 9h30 (de Brasília) o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA de abril. Analistas preveem, segundo o Projeções Broadcast, que o núcleo dos preços ganhará fôlego, na comparação anual, o que deve manter de pé esse debate sobre a trajetória da inflação no país.

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