O dólar operou em baixa ante a maioria das moedas nesta quarta-feira, em sessão marcada pela publicação de dados de emprego no setor privado nos Estados Unidos, que antecedem a divulgação do payroll (dado de emprego geral) de agosto, na sexta-feira. O relatório de empregos da ADP mostrou geração de vagas abaixo do esperado pelo mercado e pressionou a moeda americana

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas principais, recuou 0,19%, a 92,449 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar caia 110,00 ienes, o euro avançava a US$ 1,1842 e a libra tinha alta a US$ 1,3775.

“Para ajudar a lançar mais luz sobre as perspectivas de curto prazo para a política do Fed, os investidores analisarão os principais números dos EUA sobre a contratação do setor privado e o crescimento da indústria”, apontou Joe Manimbo, analista da Western Union. Um crescimento consistente, resistindo a casos crescentes de coronavírus, reforçaria o apelo para o Fed reduzir o estímulo mais cedo ou mais tarde, indicou. Por sua vez, as leituras abaixo do esperado pressionaram a moeda americana, que aguarda agora o payroll, “a última grande análise do mercado de trabalho antes da decisão do Fed em 22 de setembro”, lembra Manimbo.

Os dados de atividade industrial nos EUA, um calculado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) e outro pela IHS Markit, apontaram que o setor continua se expandindo.

O avanço da inflação da zona do euro torna a próxima reunião do Banco Central Europeu (BCE), em 9 de setembro, “muito mais interessante”, aponta Manimbo. “Embora o euro tenha se saído melhor ultimamente, ainda está prejudicado pela percepção de que o BCE ficará muito atrás do Fed na redução dos estímulos”, avalia sobre a moeda comum. A libra também avançou ante o dólar pressionado, e chegou ao maior nível em duas semanas na comparação com a moeda americana, de acordo com Manimbo.

Entre as moedas emergentes, o peso chileno subia e o dólar era cotado a 771,10 pesos no fim da tarde. Esperava-se que o BC do Chile aumentasse as taxas em 50 pontos base para 1,25%, mas a inflação mais alta do que o esperado forçou um aumento maior. A decisão unânime de um aumento de 75 pontos-base para 1,50% solidifica a crença de que a taxa básica está acima de 3,00%, aponta Edward Moya, analista da Oanda, nesta que foi a maior elevação do BC em duas décadas.

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